sábado, 11 de abril de 2009

Deslumbrante



Sem cores, sem cheiro. Mundo meu, a preto e branco.
Ar apático, isolado. Sinto-te longe. Mas tu vens deslumbrante e abres a porta ali ao fundo.
Olho-te. Mil coisas me passam pela cabeça. Esboço um sorriso, vontade de te abraçar.
E vens esbelta, sentar-te do meu lado. O teu cheiro, o teu toque.
Sou invadido por um sentimento agridoce. Não sei se te amo perdidamente pelo que és, se te odeio profundamente pela tua ausência.
Mas agora estás aqui, trouxeste o teu perfume e as tuas cores. Sorris-me de soslaio com os olhos a brilhar.
Brincamos até que nos falte o fôlego, perdemo-nos entre coisas inúteis.
E os meus olhos, sem o meu consentimento, falam-te, dizem-te verdades incontestáveis.
Eu seguro a tua mão em silêncio. Acaricio a tua pele e sinto-me embriagado pelo teu encanto. Abraças-me com toda a força
Fazes sentir-me como se estivesse tudo perfeito! E depois partes.
Desgraçada! Deixas saudades.

Foi um dia para recordar. E para repetir, espero.
Um beijo a ti, um abraço ao anfitrião.