terça-feira, 9 de março de 2010



Porque uma imagem vale mais que mil palavras













quinta-feira, 4 de março de 2010











Preferia que me partisses os braços ou os joelhos;
Que me regasses com gasolina e me chegasses o fogo;
Que passasses 9 vidas a queimar-me com pontas de cigarro;
Que me condenasses ao lugar de Prometeu.
Obriga-me a matar ou a explodir uma capital!!
Tudo o que não seja essa indiferença dilacerante!!!









quarta-feira, 3 de março de 2010











Sinto-me invisível...











segunda-feira, 1 de março de 2010

Procura-se um amigo



Como um megalómano cujo ego mal cabe no mundo, poucas coisas ou pessoas me fazem sentir pequeno.
A maioria dessas pessoas são já defuntos que merecem ser lembrados e os vivos são quase todos crianças.
Não é meu costume, mas hoje venho deixar um texto que não é da minha autoria. Só porque sim, só porque me apetece. E porque este texto é uma das coisas que me faz sentir pequeno. E porque iria levar uma vida para escrever algo assim...




Procura-se um amigo.
Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objectivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para se ter a consciência de que ainda se vive.





Vinicius de Moraes

domingo, 28 de fevereiro de 2010











Sonho meu é estar um dia numa estante, fechado dentro dum livro.









quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Minha Insana, é para ti...



Fechei-me no meu mundo, naquele lugar sinistro que criei. Sem janelas, sem portas, sem cor.
E revivo. Minuto por minuto, tudo o que já me fizeste sentir.
Pelo rosto escorrem-me as lágrimas da saudade que mal tive oportunidade de matar. Passo as noites em claro a imaginar que és minha, ou que serás algum dia. Os segundos em que te apertei contra mim já estão fracos na memória.

Quero sentir-te!

Quero ver-te sorrir horas a fio, tal é o prazer que me dá.
Se as palavras me escorrem pelos dedos, vou cortar os pulsos e deitar-me num monte de papéis.

Na vã esperança que o meu sangue escreva o amor que quase não contenho em mim.

(...)

Vou arrancar os olhos para não ter de te ver partir nos braços de outro. Vou partir as pernas para não cair na tentação de correr para ti.

Vou viver enclausurado neste lugar que criei e onde só tu soubeste entrar. Vou gravar nas paredes o que me ensinaste a sentir. Para que se um dia alguém me descobrir morto, saiba a musa que me inspirou.

Vou deixar-me estar aqui na esperança de viver eternamente, porque só a eternidade é capaz de conter o que há de ti em mim.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010











Um dia destes mato-me como Carlos Barbosa.