quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Minha Insana, é para ti...



Fechei-me no meu mundo, naquele lugar sinistro que criei. Sem janelas, sem portas, sem cor.
E revivo. Minuto por minuto, tudo o que já me fizeste sentir.
Pelo rosto escorrem-me as lágrimas da saudade que mal tive oportunidade de matar. Passo as noites em claro a imaginar que és minha, ou que serás algum dia. Os segundos em que te apertei contra mim já estão fracos na memória.

Quero sentir-te!

Quero ver-te sorrir horas a fio, tal é o prazer que me dá.
Se as palavras me escorrem pelos dedos, vou cortar os pulsos e deitar-me num monte de papéis.

Na vã esperança que o meu sangue escreva o amor que quase não contenho em mim.

(...)

Vou arrancar os olhos para não ter de te ver partir nos braços de outro. Vou partir as pernas para não cair na tentação de correr para ti.

Vou viver enclausurado neste lugar que criei e onde só tu soubeste entrar. Vou gravar nas paredes o que me ensinaste a sentir. Para que se um dia alguém me descobrir morto, saiba a musa que me inspirou.

Vou deixar-me estar aqui na esperança de viver eternamente, porque só a eternidade é capaz de conter o que há de ti em mim.

2 comentários:

  1. Vou arrancar os olhos para não ter de te ver partir nos braços de outro. Vou partir as pernas para não cair na tentação de correr para ti.

    Gostei. (:

    Eu não conheço muito da obra de Chuck Palahniuk. Comecei a ler o Sobrevivente, mas confesso que ler directamente do computador cansa um pouco, o que fez com que não o acabasse de ler. :P

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