domingo, 30 de novembro de 2008

Promiscuidade



Sei-te longe, a passear do outro lado da rua.
Distante, tão distante. Sinto o teu cheiro.
A fugir, a correr a uma velocidade alucinante. Quase parada.
E berras o meu nome, insultas-me. Em silencio.
Cravas-me no peito essa lâmina intangível.
Levas-me para longe, um outro mundo. Sem sair do lugar.
Matas-me, envias-me para o desconhecido. Uma nova vida.
Abraças-me, sem que te sinta ou possa apertar.
Seguras a minha mão e sinto o vento lavar-me os dedos.
Olho-te... e vejo o horizonte.

Vazio. Este vazio. Familiar que se ausentou na tua presença.
Apagas-te-o e agora partiste. Ficando na cadeira ao lado.
Levaste-me todas as palavras.
E agora... agora não tenho imagens para dizer.

5 comentários:

  1. ...e as coisas que passam na sua cabeça nessa hora não são uma delícia? No fundo sinto ser essa sensação uma das melhores... Acho que é ela que buscamos novamente, depois que conseguimos tocar e possuir aquela pessoa que desejávamos... Eu sou louca por esse sentimento que você descreveu... e amo lutar pra conquistar alguém!
    Abraços!

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  2. estao tão longe...mas sempre tão presentes.
    porque será?

    Um beijo doce com sabor a chuva

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  3. Claro que perdoo a tua ausência...espero que também perdoes a minha (sei que me afastei dos blogs por uns tempos):)

    Gosto de te ler...como sempre:D

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